Durante sua visita à Indonésia nesta quarta-feira (4), o Papa Francisco fez uma crítica contundente às famílias que optam por ter cães e gatos em vez de filhos. A declaração foi feita de forma improvisada durante um discurso em Jacarta, na presença do presidente Joko Widodo, e gerou reação no quarto país mais populoso do mundo.

Ao abordar questões sociais, o pontífice afirmou: “Uma parte considerável da humanidade é marginalizada, sem meios para uma existência digna e sem defesa para enfrentar os graves e crescentes desequilíbrios sociais, que desencadeiam os atuais conflitos.” Em seguida, de forma improvisada, ele criticou as políticas de controle de natalidade e elogiou as famílias que têm muitos filhos, dizendo: “Talvez certas famílias prefiram ter um gato, um cachorrinho, e não um filho. Isso não está certo.”

A crítica do Papa Francisco sobre a preferência por animais de estimação em vez de filhos não é nova. Ele tem abordado o tema anteriormente, destacando o "inverno demográfico" observado em vários países ocidentais, como a Itália, que enfrenta uma baixa taxa de natalidade. Em novembro de 2023, durante um encontro com vítimas de terremotos na Itália, o Papa também mencionou os riscos da “cultura veterinária” e expressou descontentamento com a prevalência de animais de estimação em comparação com o número de filhos.

Além disso, em maio, Francisco criticou a “cultura de egoísmo, consumismo e individualismo” que, segundo ele, contribui para a solidão e infelicidade, e no ano passado, repreendeu uma mulher que pediu uma benção para seu cão, observando: “Tantas crianças com fome e você com um cachorrinho.”